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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Review - Ruff ’n’ Tumble - Amiga



Ruff ’n’ Tumble - Amiga

Em 1994 no auge ou pelo menos é o que eu pensava, da guerra entre Nintendo X SEGA, eu já tinha escolhido o meu lado a um bom tempo, visto que eu possuía um Super Nintendo, e ainda por cima eu como todos na época vivia “super antenado” com o que acontecia no mundo dos games, devido ao fato de que eu era um grande consumidor de revistas de videogames, então teoricamente eu era um profundo conhecedor quando o assunto era o mundo dos videogames.

Certo dia no intervalo da escola, eu estava conversando com um amigo meu, amigo esse que tinha parentes que moravam no exterior, esse então me contou que tinha ganhando um presente de um desses parentes e que era um videogame, um tal de “Amiga”, eu como nunca tinha ouvido falar de um videogame com aquele nome, logo pergunto, mas você tem certeza que esse é o nome desse videogame, porque eu nunca ouvi falar nisso ai não.

Mais tarde já na casa desse amigo ele então mostrava para mim e para outros amigos ali presente o tal videogame, ou o que ele chamava de videogame, já que a primeira impressão minha e de todos os outros ali era que aquilo não era um videogame e sim um computador, mais ele rapidamente nos revelou que sim, que era possível jogar jogos usando aquele aparelho, e que esses jogos eram tão bons quanto os que estávamos tão acostumado a ver nos nossos populares videogame.

Ele então pega um disquete com o nome “Ruff ’n’ Tumble” e nos conta que aquilo ali era semelhante aos cartuchos de videogames, tenho que admitir que nessa hora eu já estava bem descrente sobre a qualidade dos jogos que aquilo ali poderia rodar, mais depois de um tempo, e alguns barulhos que aquela maquina fazia, eu fui surpreendido com um jogo visualmente muito bonito, era um "garoto loirinho" com uma metralhadora na mão no meio de uma floresta atirando para todos os lados em pequenos robôs os “Tinhead.

Eu ainda não tinha nem jogado mais já notava vendo meu amigo jogar que o jogo era bem rápido e dinâmico, pois ele mesmo jogando usando as setas direcionais do teclado conseguia se mover de forma bem ágil. Mas quando chegou a minha vez de jogar tenho que admitir que não foi nada fácil conseguir jogar usando aqueles comandos que para mim até então eram completamente novos, você podia ir para frente, para trás, abaixar e se colocasse para cima o personagem pulava, cheguei até a perguntar se tinha uma forma de deixar o pulo em algum outro botão porque eu não estava tão acostumado com aqueles comandos porque colocar para cima para pular era um pouco estranho, mais isso não era possível, ah e você ainda tinha um botão de tiro.

Ruff ’n’ Tumble chamava muito a atenção pele menos na época, a jogabilidade do jogo era muito boa as respostas dos controles eram muito precisas, você sentia que tinha pleno controle do personagem do jogo, você ainda contava com uma metralhadora na mão que podia atirar para frente para baixo nas diagonais e ainda podia pegar certos upgrades durante as fases que alteravam as tiros de sua arma, hora você estava dando rajadas de tiros, em outro momento você poderia estar queimando seus inimigos com um lança chamas, ou então atirando com uma arma de lazer, era tudo muito bem feito e divertido como todo bom “Shoot’em up” tem que ser.

O jogo era dividido em 4 mundos cada qual com 4 fases e um chefe, no primeiro mundo você estava em uma floresta e tinha que vencer os inimigos que iam surgindo, inimigos esses que além de serem bem diferentes um dos outros ainda eram diferentes de um mundo para o outro, mas todos eram sempre pequenos seres robóticos, o primeiro chefe era uma espécie de coruja robô que ficava voando e você tinha que destruir, tudo bem simples e fácil, você ainda tinha o mundo das cavernas ou minas de cristais, nunca soube ao certo, onde o chefe era uma espécie de tatu robotizado que se movimentava com uma roda debaixo dele, o terceiro mundo era uma indústria/fabrica, que em certo ponto lembrava um pouco a fase “Metropolis Zone” do jogo “Sonic” e o chefe era uma “navezinha” com dois olhos e um formato de semicírculo que ficava atirando em você,  já a ultima fase você jogava em um castelo e tinha como chefe o vilão do jogo o “Doutor Destino” onde esse ficava em um helicóptero atirando misseis em você e você tinha que desvia e acerta-lo com os seus tiros.

O jogo ainda contava com uma trilha sonora que chamava muito a atenção devido ao fato que ela conseguia cumprir o seu papel que era te deixar ainda mais compenetrado e animado durante as fases, as musicas do jogo eram uma espécie de “Rock industrial” que ficava tocando de forma rápida e constante durante cada fase, mais que se encaixavam como uma luva para cada fase do jogo.

A historia do jogo simples, mas que ainda sim se faz presente, tem inicio quando nosso intrépido herói “Ruff Rogers”, entra em um tele transportador e vai parar em um planeta alienígena que tem como líder o já mencionado Doutor Destino, durante cada fase do jogo existem algumas moedas douradas que você pode ir pegando para contabilizar mais pontos, você também era obrigado a pegar uma certa quantidade de pedras especiais: vermelhas, verdes e azuis para que assim aparecesse uma pequena maquina com a passagem para a próxima fase.

Mesmo não tendo um Amiga para jogar aquele jogo eu e outros amigos jogamos e muito Ruff ’n’ Tumble na casa de meu amigo, e mesmo o jogo não contando com uma opção de jogar em dois player simultâneos, a gente praticamente não ligava, porque o jogo era bem rápido e não contava com animações entre as fases, então tirando o pequeno tempo que a gente tinha que esperar entre uma tela e outra, onde o jogo tinha que carregar ou dar “loading” como queiram, a gente praticamente sempre estava jogando porque morrer naquele jogo era coisa mais que corriqueira, apesar que tenho que admitir que o jogo não era assim tão difícil não, a gente é que era ruim mesmo, mas que com a perca de uma vida no jogo, chegava a vez do próximo para jogar mais um pouquinho.

Ruff ’n’ Tumble foi desenvolvido pela “Wunderkind” e publicado pela “Renegade” em 1994 somente para plataforma Commodore Amiga, e já que no Brasil essa e outras varias plataformas semelhantes a essa (Amiga) praticamente não eram conhecidas, esse jogo praticamente passou mais que despercebido, mas em revistas internacionais especializadas da época sobre esse tipo de plataforma, o jogo foi muito bem recebido chegando a ser considerado como um dos melhores do gênero na época em plataformas do mesmo gênero.


Vídeo Gameplay



(Dissection)